quarta-feira, 9 de junho de 2010

«Seremos sempre campeões»


Fernando Brás quer dar prenda do 130.º aniversário à SIMECQ

Nos próximos dias 11, 12 e 13 realiza-se, no Pavilhão Carlos Alberto Carvalho, na Cruz-Quebrada, a final-seis da Taça Nacional de Sub-14 femininos. Presentes as equipas representantes da Zonas Sul (Juventude BC e SIMECQ), Norte (CP Natação e Académico FC), Madeira (União da Madeira) e Açores (Vitorinos). Fernando Brás, treinador da SIMECQ, acredita que a sua equipa possa chegar ao título nacional, concretizando um “sonho que dura há três anos”. No ano em que a SIMECQ comemora o 130.ª aniversário, a vitória na final-seis seria um marco histórico na colectividade.


A SIMECQ está perto de completar uma época que se pode já considerar exemplar. Revalidação do título regional de Sub-14 e apuramento para a fase nacional/Sul e final-seis, sem qualquer derrota. Quais as expectativas para esta final-seis?

“As nossas expectativas passam por tentar ser campeões nacionais. Trata-se de um sonho que acompanha esta equipa desde há três anos. Mas, se não conseguirmos, seremos campeões na mesma”.

Tendo em conta os objectivos delineados no início da temporada, esperava atingir esta fase final e pensar na conquista do título?

“Sem dúvida. Sabíamos que tinhamos um longo caminho até à fase final. Mas também sabíamos que com a intensidade e vontade com que treinamos, só dependeríamos de nós. Felizmente isso aconteceu”.

Preparar jovens atletas para, no futuro, alinhar nas séniores dever ser a principal preocupação dos escalões de formação?. Acredita que formar a vencer é melhor maneira de os motivar e os manter empenhados na modalidade?

“Acima de tudo acredito no desporto como uma escola de valores. Durante o percurso dessa “escola” há fases de aprendizagem (que deve estar inerente até ao escalão sénior) e fases competitivas, de modo a preparar os nossos jovens para as exigências competitivas que se adivinham no futuro, sem descurar o aspecto de desenvolvimento harmonioso do jovem atleta nas várias vertentes psicomotoras”.

Como caracteriza a realidade do basquetebol de formação e principalmente no feminino? Existem condições para melhorar os resultados das várias selecções a curto prazo?.

“Temos uma realidade muito fraca. Demos passos importantes rumo à aproximação às grandes potências europeias, mas essa diferença ainda se encontra nos 50 pontos. É importante fazermos uma reflexão de tudo o que foi tentado até ao momento e depois avançar para soluções que passam pelos clubes, treinadores e jogadores. Está na altura de ir ao baú das referências e tirar de lá os grandes treinadores, como os professores Jorge Adelino, Carlos Gonçalves. Mário Silva, Jorge Araújo e tantos outros, pois nós, treinadores, temos de deixar de ser autodidatas e termos o privilégio de aprender com as referências”.

PS: Gostaria apenas, de enviar um beijinho de agradecimento a todas as minhas atletas. Elas merecem tudo de bom neste mundo, são umas guerreiras. Obrigado meninas.