domingo, 26 de maio de 2013

S.L.Benfica campeão LPB


Benfica sagra-se bicampeão
Encarnados fazem a festa em Coimbra
O SL Benfica renovou o título de campeão nacional da LPB, ao derrotar, em Coimbra, a equipa da Académica por 91-77. Os benfiquistas sagraram-se bicampeões nacionais, atingindo assim o principal objetivo definido para esta temporada. Um playoff final valorizado pela bela prestação da equipa da Académica, que tudo fez para evitar o maior favoritismo dos encarnados. Está de parabéns todo o grupo de trabalho do SL Benfica por mais um título, a juntar, ao já de si, rico palmarés encarnado.

Motivada pela vitória alcançada no dia anterior, a equipa da Académica começou muito bem o quarto jogo desta final. A boa eficácia dos jogadores de Coimbra, tanto exterior como interior, cedo fez disparar a diferença no marcador, que depois de 11-2 nos primeiros minutos, se fixou em 24-12 no final do 1º período.

Depois de um quarto inicial em que os benfiquistas tiveram enormes dificuldades em acertar no cesto, Lace Dunn deu o mote para uns segundos dez minutos de grande eficiência no tiro exterior. Com três triplos quase consecutivos, a produtividade ofensiva encarnada subiu substancialmente, com repercussões evidentes no aproximar do resultado. A rotação do banco mostrava-se igualmente benéfica, especialmente após a entrada de Carlos Andrade (11 pontos na 1ª parte) pelo impacto positivo que teve no rendimento da equipa.

Com pouco mais de quatro minutos jogados, a formação lisboeta já só perdia por dois diferença (27-29), um equilíbrio que se manteria até final da 1ª parte. Já só dentro do último minuto os comandados de Carlos Lisboa passariam para o comando do marcador (35-33), vantagem que se prolongaria até final do primeiro tempo (37-35).

O descanso não fez abrandar a eficácia atacante da equipa de Lisboa, já que no recomeço da etapa complementar, com um parcial de 10-2, rapidamente fez subir a diferença pontual para a casa das dezenas (47-37). O tiro de longa distância continuou a ser uma das principais armas ofensivas do Benfica, já o conjunto da casa conquistava mais idas para a linha de lance-livre, o que pressupõe um maior número de faltas provocadas. Mas neste equilíbrio de forças, e com duas estratégias diferentes, a verdade é que a vantagem conquistada manteve-se até final do período, com o Benfica e entrar no derradeiro quarto a vencer por nove pontos de diferença (60-51).

No 4º período repetiu-se a história do anterior, com os comandados de Carlos Lisboa a iniciarem com um parcial de 10-2. Com algum descontrolo emocional à mistura, a Académica, a pouco mais de 5 minutos do final, via a sua tarefa complicar-se, já que estava obrigada a recuperar de uma desvantagem de quinze pontos (55-70). Boa reação dos estudantes, que em menos de dois minutos, com o trio formado por Hallman, Mário Fernandes e João Balseiro a bom nível, reduziu para oito a diferença que separava as duas equipas (65-73).

Novo triplo de Dunn (81-70), a 1.30m do fim, bem como um excelente aproveitamento da linha de lance-livre, colocou um ponto final à resistência dos estudantes. Fim do jogo (91-77), com toda a equipa benfiquista a celebrar a conquista de mais um título para o seu historial.

O discurso de todo o grupo de trabalho benfiquista sempre apontou o campeonato como sendo o principal objetivo para esta temporada. Uma época dominada pela equipa encarnada, que, à exceção da final da Taça de Portugal vencida com todo mérito pelo VSC, conquistou todos os troféus em disputa.

Apontada sempre como a principal candidata à conquista do título, o SL Benfica provou dentro de campo o seu favoritismo. Surgiu nesta fase final da temporada determinada, consciente que não poderia facilitar, e muito menos falhar na conquista deste objetivo.

Mérito do seu treinador Carlos Lisboa, e obviamente de todos aqueles que fizeram parte do grupo de trabalho. Que ao ser capaz de motivar, unir, um grupo constituído por vários jogadores habituados a ter um papel preponderante, com egos muito próprios e habituados a conquistar troféus fez resultar em sucesso a época de trabalho. O que nem sempre torna fácil a missão de quem dirige, uma vez que tais condições podem conduzir ao relaxamento, facilitismo e, em casos extremos, rupturas dentro do próprio grupo.

Uma palavra para a Académica, que apesar de ser formada quase totalmente por um grupo de jogadores portugueses, conseguiu ao longo de toda a temporada ser uma equipa extremamente competitiva. Um trabalho que merece reconhecimento, fruto naturalmente do trabalho, dedicação e sofrimento de todos aqueles que fizeram parte deste projeto. Levado ao extremo pelo seu técnico Norberto Alves, felizmente já recuperado, que seguramente terá ficado orgulhoso do comportamento dos seus atletas durante este playoff final. 


O norte-americano Lace Dunn (28 pontos, 4 ressaltos e 3 assistências), MVP do jogo com 26.5 de valorização, mostrou que foi sempre uma mais-valia na equipa benfiquista, bem como Fred Gentry (19 pontos e 5 ressaltos). Carlos Andrade (17 pontos, 8 ressaltos e 4 assistências) simbolizou a qualidade do banco encarnado, e foi uma importante ajuda no domínio evidenciado pelos benfiquistas na luta das tabelas (32/19). 

Arnett Hallman, com 20 pontos, foi o melhor marcador da Académica, já Mário Fernandes (16 pontos e 8 assistências), a repetir a boa exibição do dia anterior, foi o mais o mais valorizado (23) dos conimbricenses. 




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