Com que idade começaste a jogar basket?As minha primeiras passadas foram no Alenquer Basket Clube com 10 anos , apesar de ter desistido consecutivamente. Aos 13 anos levei mais a sério, quando mudei para o Sport Lisboa e Benfica. Comecei a gostar mais de praticar esta modalidade.
Tens algum familiar que jogue ou que tenha jogado basquetebol?Não, apesar de muitas pessoas o perguntarem. O meu pai jogou voleibol na Académica de Coimbra.
Porque é que te decidiste pelo basket, em vez de outro desporto?Apesar de ter começado a praticar desporto com 5 anos na ginástica acrobática, prefiro sem dúvida o desporto colectivo. O basket, despertou-me a atenção, porque achava espantoso como é que uma pessoa conseguia por uma bola dentro de um cesto tão alto e pequeno.
Neste momento, qual é a tua altura?Tenho cerca de 1,79.
Qual a posição que ocupas no jogo? É essa a tua posição natural ou preferida?Na época passada joguei a extremo, este ano sou base–extremo. Definitivamente gosto mais de extremo, mas com tão pouco tempo de basket, não sei ainda qual das duas terei melhor rendimento para a equipa.
Como recebeste a notícia que irias participar no campo “Children of the World” 2010 em Istambul? O Sr. Ricardo Vasconcelos telefonou ao meu pai. Não queria acreditar. Fiquei extremamente feliz pelo convite da Federação Portuguesa de Basquetebol. Agradeço mais uma vez esta oportunidade.
Quando chegaste a Istambul, qual foi a primeira coisa que te impressionou?A dimensão do evento, senti mesmo que era um evento com grandes objectivos, e com participantes interessantíssimos.
Onde dormiam?Em grandes prédios com vários andares, onde éramos distribuídos em vários quartos.
Quantas vezes treinavam por dia?Uma vez por dia e por vezes dois. Os treinos eram muito divertidos, e aprendi muito, com estes treinadores experientes e cheios de vontade de trabalhar connosco.
Fizeste amizades? Quais foram os teus novos amigos?Conheci muitos praticantes, todos estes amavam a modalidade que eu também amo, e já ai era muito fácil podermos criar amizades, porque tínhamos esse ponto em comum. Apesar das diferentes línguas consegui ganhar novos amigos como a Stacey da Nova Zelândia, Margaux do Mónaco, Leah de Inglaterra e a Jasmine de Trinidad and Tobago. Com este grupo criei mais laços porque faziam parte do meu quarto, mas apesar disso conheci a maior parte dos jovens dentro de campo. E claro, o Hugo Matos e o Francisco Amiel, os novos amigos da comitiva portuguesa, que eu não conhecia.
Quem foi na tua opinião a melhor jogadora neste campo?A Leah , da Inglaterra. Achei que tinha grandes capacidades tácticas e físicas. Foi um prazer jogar com ela.
Quem foi na tua opinião o melhor jogador neste campo?O Myles de Inglaterra, fiquei espantada ao ver este pequeno jogador saltar tanto e quase a afundar. Também tinha grandes capacidades físicas e tácticas. Definitivamente o mais baixo do grupo, a rondar 1,70.
Receberam visitas de estrelas do basquetebol? Quem?Não, mas só assistir ao Campeonato do Mundo, já nos enchia por dentro.
Assistiram a jogos do campeonato do Mundo?Sim, maior parte deles do EUA, mas também um do Brasil e da Turquia.
Qual foi momento que mais te marcou durante a tua estadia em Turquia?Foi de poder melhorar o meu jogo com treinadores de todo o mundo, uma experiencia inesquecível, treinadores experientes e muito divertidos e dispostos a ajudar em qualquer altura. As amizades que ficarão para o futuro, treinadores e jovens atletas, falo com muitos pela internet.
Podes contar aos nossos leitores, como era o programa diário do campo?O programa não era sempre igual, mas num dia normal depois do pequeno almoço treinávamos nos pavilhões exteriores, almoçávamos e descansávamos. Pela tarde realizavam - se jogos dentro de pavilhões. De noite, momentos muito giros de convívio entre todos, como espectáculos, discoteca e cinema. Tivemos também uma visita cultural muito interessante à cidade de Istambul. Quando começou o campeonato do mundo passámos a ver os jogos à noite e a treinar/jogar de tarde.
Sentiste orgulho de ser a representante de Portugal, um dos 114 países presentes?Muito orgulho. Tenho 14 anos. É difícil transmitir por palavras, toda esta emoção de representar Portugal e o basquetebol feminino no “Children of The Word“. Já mais o esquecerei.
Qual é o teu maior sonho depois de Turquia?Participar num campeonato Europeu de Sub-16.
Quais os objectivos para esta época?Ajudar a minha equipa a ganhar o campeonato nacional sub 16. Ir ás festas de Portimão com a Associação Basquetebol de Lisboa e ganhar o 1º lugar. Enquanto atleta do Centro Nacional de Treinos do Calvão, outro sonho que consegui este ano ver realizado, trabalhar muito, aproveitar esta excelente oportunidade para melhorar o meu desempenho e fazer bons jogos.
Quais são os teus hobbies além do basket?Ouvir música, tocar viola e saxofone.
Achas que o basket te tira tempo de estudo?Não, se for tudo organizado convenientemente, consigo tirar partido do tempo que tenho.
Se pudesses escolher uma jogadora Portuguesa para defrontar em 1x1 quem escolherias? E uma jogadora estrangeira?A Mary Andrade. Tive a oportunidade de a conhecer, no Montebasket, em Albufeira no Verão, e de a observar em campo. Fiquei fascinada com o seu ritmo de treino, ainda estando em recuperação de uma grave lesão. Do estrangeiro a Diana Taurasi, porque acho que é a melhor jogadora da WNBA.
Que marca de botas mais gostas de usar?Nike ou Adidas. As duas com qualidade.
Qual é a página do site Planeta Basket que mais gostas de visitar?Os vídeos.